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terça-feira, 17 de abril de 2012

Vamos falar inglês?

Há um tempo, uma pessoa conhecida minha quis me provocar e disse: “...como que você que se diz tão anti-imperialista, quase antiamericano, fala inglês...não era pra você falar inglês...não...”

Coitada desta pessoa que pensa assim. Lembro-me que na hora não respondi nada, muito mais pra não dá razão e aumentar a provocação do que concordar com ela, mas o fato do inglês existir como língua interacional hoje em dia diz pouco respeito ao fato da nação hegemônica no mundo também falar inglês...

Muito embora o inglês tenha atingido o seu status global graças ao fato dos dois últimos grandes impérios globais, o britânico e o americano, falarem inglês, hoje me dia este fato não é mais determinante na definição do status mundial do idioma, pois o Império Britânico faz tempo deixou de existir, e o império americano está em franca decadência, curiosamente, e na contramão, a língua inglesa continua franca mundo a fora.

Minha esposa agora está aprendendo inglês e eu dou o maior apoio.

...o inglês é hoje o que o grego foi na antiguidade, o latim foi pra idade média, ou o francês foi nos séculos XVIII e XIX, a tal língua franca universal, e sinceramente não vejo substituto pra o inglês nesta função. O espanhol? Não, mesmo que quase todo o continente americano fale espanhol, ainda é uma língua muito setorizada. O russo? Também não, desde o fim do comunismo efetivo e a derrocada da União Soviética, o russo perdeu seu prestígio. O alemão? Nem pesar, é língua de filósofos, além de ser difícil e feio e ruim de expressar. O japonês ou o chinês? Muito difícil, pois ambos os idiomas são complicadíssimos de escrita por ideogramas, ao invés de letras e são de difícil expressão.

O esperanto propriamente dito? Mais difícil ainda, além do que, em minha opinião, um idioma artificial jamais teria o poder de se impor de per si...

Então ainda teremos o inglês como língua franca por muitos, muitos anos à frente, mesmo após quando os grandes impérios de língua inglesa, britânicos e americanos, tiverem seu ocaso...

Não vejo melhor candidato pra língua universal, independentemente do aspecto "colonial", o inglês é prático, relativamente fácil de aprender, sonoro e bom de expressar.

Enquanto isso, o nosso querido idioma português, a tal última flor do Lazio, continuará a ser a velha língua periférica que sempre foi, aliás, o idioma português só tem alguma projeção mundial por causa do Brasil. Se não fosse o Brasil, o português não teria destaque na página inicial da Wikipédia, não seria a quarta ou quinta língua mais falada no mundo, nem muito menos seria um dos idiomas das Nações Unidas.

Sem o Brasil o português teria o mesmo prestígio internacional do croata, ou do esloveno, ou do corsa, ou do catalão, ou seja, nenhum.